Ela - DárioJr.
Feita de som, água e sombra Por Pinguim Urbano De vez em quando, eu caminho fora das minhas ruas habituais. Esse poema não é meu, mas está em um projeto do qual faço parte — onde outras vozes também escrevem com o que sobra da alma. Abaixo, minha leitura de um dos textos que veio de lá. Deixo o link do poema (existem vários outros lá, que pretendo analisar no futuro) segue aqui o caminho . “Ela é fantástica e nem se dá conta” O poema começa com espanto — não o da surpresa, mas o da rendição. Dário escreve como quem descreve um fenômeno da natureza: algo que escapa à lógica. Ela não precisa saber. Ela apenas é. E isso já basta pra virar furacão dentro de quem vê. A mulher aqui não é musa passiva. Ela é movimento. Inunda, invade, colore, toma. É como um rio que não pede licença. E o eu lírico não tenta domá-la — tenta sobreviver ao impacto. “Ela só pode ser feita de som / Pois com ...